PARA UMA PEDAGOGIA DO DIÁLOGO
Abstract
O que hoje chamamos “Diálogo inter-religioso” (DIR) é a prolongação e, em certo sentido, a herança do que representava o “ecumenismo” (no âmbito das diversas confissões cristãs) e, depois do Concílio Vaticano II, o “diálogo com o judaísmo”. Só que o contexto e os pressupostos são diferentes. É importante ter consciência dessa diferença de enfoques porque ela afeta o “diálogo católico-judaico” (DCJ). Com efeito, o DIR pode revestir e reveste à s vezes uma conotação de polêmica, de reivindicação de igualdade religiosa e mesmo de afirmação contra uma pretensa superioridade do cristianismo, que não tem por que ser transposta ao DCJ. Mesmo porque as relações entre judaísmo e cristianismo são diferenças dentro da mesma família, poderíamos dizer. Por outro lado, o atual DIR obriga cada religião a pensar-se em termos de relação. O que pode ser iluminador também para o diálogo entre judaísmo e cristianismo.
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