A GENEALOGIA DA MORAL EM NIETZSCHE: O PASSADO COMO ETERNO PRESENTE
DOI:
https://doi.org/10.20911/21769389v52n162p225/2025Resumo
Neste artigo, a partir de um estudo das fontes de Nietzsche, analisaremos a Genealogia da Moral desde o fio condutor histórico, objetivando mostrar que as denominações diferenciadoras das aristocracias introduzidas por ele na primeira dissertação, quais sejam, a sacerdotal e a guerreira encontram-se na Grécia Antiga como termos distintivos de modos de ser e de avaliar, correspondendo, em nossa hipótese, aos cultos órfico-pitagóricos a primeira e à aristocracia grega dos séculos VII-V a.C. a segunda. Ao fazê-lo, apresentaremos Nietzsche como um filósofo que em todos os momentos do percurso discursivo manteve-se situado no tempo e no espaço do passado, carregando consigo o mapa da Grécia Antiga, pois somente lá, na avaliação dele, encontra-se a exemplaridade do humano.
Palavras-chave: Aristocracia guerreira. Aristocracia sacerdotal. Culto órfico-pitagórico. Genealogia. História.