NOS DOIS BRAÇOS DO MESMO RIO: A TRAVESSIA INTERIOR NA POESIA DE ADÉLIA PRADO E EM CONFISSÕES DE SANTO AGOSTINHO

Autores

  • Davi Davi Chang Ribeiro Lin

Resumo

Para além de um deslocamento geográfico, travessia é metáfora da transformação da subjetividade. Agostinho de Hipona (354-430) descreve em sua obra Confissões a travessia de sua vida interior. Confissões é uma autobiografia da transformação de um sujeito autocentrado que se reconhece como criatura dependente em conversão à graça de Deus. Se Agostinho materializa a abertura relacional em direção à transcendência por meio da confissão, a poetisa mineira Adélia Prado utiliza do esvaziamento existencial na experiência poética para dar corpo à sua travessia. Adélia assume a condição de criatura, de pobreza, que no ordinário da vida cotidiana permanece diante do Mistério. Teologia com poesia e poesia com teologia: ambos sinalizam que poética e a mística têm origem comum, movimento em direção à mesma fonte, como dois braços de um mesmo rio direcionados ao infinito.
Palavras-chave: Travessia. Adélia Prado. Santo Agostinho. Transcendência.

Biografia do Autor

Davi Davi Chang Ribeiro Lin

Doutorando em Teologia - Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE) CAPES | PROEX

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Publicado

2017-10-09

Como Citar

Ribeiro Lin, D. D. C. (2017). NOS DOIS BRAÇOS DO MESMO RIO: A TRAVESSIA INTERIOR NA POESIA DE ADÉLIA PRADO E EM CONFISSÕES DE SANTO AGOSTINHO. Annales Faje, 2(1), 23–30. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/3780