HEGEL 150 ANOS DEPOIS
Abstract
Há monumentos da filosofia que não cessam de perseguir nossos sonhos. Descobrindo-os um dia no entrecruzamento das tradições, podemos perfeitamente ter a tentação de escolhê-los por morada, depois de ter restaurado suas paredes e apagado suas rachaduras mais visíveis. Alguma vez mesmo, como acontece com esses castelos que são transportados pedra por pedra de uma a outra margem do oceano, vem-nos o desejo de elevá-los de novo no nosso espaço e no nosso tempo, por um jogo de simples translaçâo das soluções arquiteturais que eles mesmo souberam arriscar no seu tempo e no seu lugar, diante das interrogações e das buscas da hora. Mas, é possível ser ainda hegeliano, kantiano ou platônico, no sentido estrito desses termos de tão excessivo peso?