A FILOSOFIA E OS LIMITES DO SENTIDO: A QUESTÃO DO CONHECIMENTO DO REAL EM BERGSON

Autores

  • Evaldo Silva Pereira Sampaio Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.20911/21769389v51n160p219/2024

Resumo

Trata-se aqui de pensar a teoria da linguagem de Bergson como um re­curso de seu método intuitivo. Embora ele jamais tenha elaborado explicitamente uma filosofia da linguagem, as reflexões sobre como as palavras se entrelaçam aos nossos pensamentos e à maneira como conhecemos o real perpassam diversos momentos de sua obra, ao ponto dele definir a tarefa da Metafísica (isto é, da Filosofia) como uma tentativa de se ir além dos símbolos. Apesar do esforço exe­gético a ser aqui desenvolvido para apresentar a concepção bergsoniana quanto à linguagem, a pretensão é sobretudo sistemática pelo contraponto desta com as teses da chamada reviravolta linguística (lingustic turn). Assim, mesmo que obliquamente, ao me interrogar o que a teoria da linguagem de Bergson nos diz acerca do conhecimento do real e, por conseguinte, da natureza da própria Filosofia, estarei também me questionando quanto ao estatuto da contemporâ­nea crítica da linguagem. Meu objetivo é enfim mostrar que a discussão sobre a filosofia e os limites da linguagem é menos uma questão teórica do que uma decisão fundamental quanto à procura pela sabedoria.

Palavras-chave: Sabedoria. Intuição. Filosofia da linguagem. Reviravolta linguís­tica. Henri Bergson

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Publicado

2024-09-04

Como Citar

Sampaio, E. S. P. (2024). A FILOSOFIA E OS LIMITES DO SENTIDO: A QUESTÃO DO CONHECIMENTO DO REAL EM BERGSON. Síntese: Revista De Filosofia, 51(160), 219. https://doi.org/10.20911/21769389v51n160p219/2024