ADMIRAÇÃO DIANTE DA BELEZA NATURAL COMO UMA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA

Autores

  • José Eduardo Porcher Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
  • Daniel De Luca-Noronha Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia

DOI:

https://doi.org/10.20911/21769389v50n158p423/2023

Resumo

Neste artigo, discutimos um argumento abdutivo para a existência de Deus a partir da experiência de maravilhamento diante da beleza natural. Se a criação divina é uma explicação viável para o motivo pelo qual experimentamos maravilhamento diante da beleza natural, e não há uma explicação naturalista satisfatória para as origens de tais experiências, então temos evidência derrotável de que Deus existe. Para avaliar a plausibilidade do argumento, avaliamos os méritos dos dois principais quadros teóricos teocêntricos que podem ser mobilizados para responder à pergunta sobre por que os seres humanos experimentam maravilhamento diante da beleza natural: (1) considerar a experiência da beleza natural como resultante das intenções de projeto de Deus e (2) conceber as experiências de beleza natural como experiências religiosas em si. Argumentamos que a presença de conteúdo fenomenológico cuja granularidade excede nossas capacidades descritivas e conceituais é mais bem explicada pela última hipótese: experimentar a beleza natural equivale a experimentar atributos divinos. Concluímos que a premissa teológica do argumento é plausível e, tendo argumentado previamente a favor da premissa empírica (Porcher & De Luca-Noronha, 2021), concluímos que o maravilhamento diante da beleza natural é mais bem explicado pela existência de Deus.

Palavras-chave: Maravilhamento. Beleza Natural. Experiência Religiosa. Beleza Divina. Deus.

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Publicado

2023-12-31

Como Citar

Porcher, J. E., & De Luca-Noronha, D. (2023). ADMIRAÇÃO DIANTE DA BELEZA NATURAL COMO UMA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA. Síntese: Revista De Filosofia, 50(158), 423. https://doi.org/10.20911/21769389v50n158p423/2023

Edição

Seção

Artigos