HENRIQUE C. DE L. VAZ, S. J., LEITOR DE EMMANUEL MOUNIER
DOI:
https://doi.org/10.20911/21769389v48n150p153/2021Resumo
Nesse artigo, faço um breve apanhado de como se deu meu conheci- mento do pensamento de Mounier e do que esse conhecimento deve ao Pe. Vaz, desde de meus anos na PUC do Rio de Janeiro (entre 1958 e 1962). Ficara desde então sabendo o quanto Pe. Vaz apreciava o personalismo Mounier no que se refere à necessidade imperativa para um cristão de não dissociar o pensamento do agir, de não separar sua fé e sua frequência à igreja de um empenho efetivo em vista de uma maior justiça social. Mounier havia justamente aprofundado a noção de engajamento. Procurei mostrar também como a reflexão de Mounier fôra marcada por um autor de origem alemã, que se tornara francês, que escrevera sobre o « engajamento ». A admiração do Pe Vaz por Mounier foi muitas vêzes objeto de meus «Témoingnages», em francês, a respeito do pensamento personalista de um dos maiores filósofos brasileiros, senão o maior, ou seja o Pe Vaz. No final do artigo aponto radidamente como nos dias de hoje devemos levar adiante a reflexão sobre a tecno-ciência e seus possíveis malefícios para a Terra e a humanidade.