Ambiguidades do julgamento moral da política: uma crítica hegeliana

Autores

  • Sérgio Dela-Sávia

DOI:

https://doi.org/10.20911/21769389v45n143p461/2018

Resumo

Nosso interesse é considerar a amplitude política que pode assumir a crítica hegeliana da moralidade subjetiva. Sabemos que esta não é circunstancial e tampouco anódina na obra de Hegel. Ludwig Siepp nota, com acerto, que a crítica hegeliana à moralidade, tanto na Fenomenologia do Espírito como nos Princípios da Filosofia do Direito, “mantém uma relação central com sua com­preensão da realidade” (2013, p. 183). Entretanto, embora momento fundamental no processo de mediação da liberdade, a posição moral, na medida em que se revela, na sua abstração formal, idêntica ao Bem que deve ser, mostra-se ambígua quanto à extensão de sua legitimidade. Esse equívoco é ainda mais problemático quando fazemos dela princípio de julgamento da ação política. Nossa posição é a de que essa extrapolação transfere para o campo do político o equívoco decorrente da dialética mesma da moralidade. Consideremos, primeiramente, o lugar que ocupa a moralidade no plano da Filosofia do Direito e seus limites críticos para, em seguida, examinarmos o problema decorrente da subsunção da política pelo julgamento moral.

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Publicado

2018-12-21

Como Citar

Dela-Sávia, S. (2018). Ambiguidades do julgamento moral da política: uma crítica hegeliana. Síntese: Revista De Filosofia, 45(143), 461. https://doi.org/10.20911/21769389v45n143p461/2018

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Artigos