HERMENEUTICS, METAPHYSICS, AND THE QUESTION OF BEING

Resumo

Abstract: Notwithstanding the current common knowledge, which tells us that we live in post-metaphysical times,that metaphysics has come to an end and has been declared dead,the status of metaphysics should be reassessed in light of the contemporary hermeneutical tradition, and the possibility of reconfiguring it on the basis of the hermeneutical tradition should be seriously considered. Metaphysics, as an attempt to understand and articulately explain Being in its totality, has not died: that would mean the end of philosophy itself and, ultimately, the denial of the ability of human beings to understand themselves as Being, that is, as a whole. The hermeneutical tradition developed by Heidegger and Gadamer contributes strong arguments to corroborate this assertion. Finally, because particular views of reality correspond to particular ways of acting, the metaphysics implicit in philosophical hermeneutics may help us to resist political-religious radicalism.

Resumo: Partindo do lugar comum hodierno que afirma que a Metafísica chegou ao seu fim – sendo declarada como morta – e que vivemos em tempos pós-metafísicos, nos propusemos reavaliar seu status bem como a possibilidade de reconfigurá-la a partir da tradição Hermenêutica contemporânea. Justificaremos aqui que a Metafísica – enquanto uma proposta de compreensão e de explicitação articulada do Ser em sua totalidade –, não morreu, pois isto significaria decretar o fim da própria Filosofia e, em última instância, seria afirmar a incapacidade de o ser humano compreender-se enquanto Ser, isto é, enquanto um todo. É na tradição hermenêutica desenvolvida por Heidegger e por Gadamer que buscaremos argumentos para corroborar esta nossa hipótese. Dado que a uma visão do real corresponde uma ação determinada, a Metafísica implícita da Hermenêutica Filosófica, enquanto compreensão e explicitação do Ser em sua totalidade, poderá nos ajudar a não sucumbirmos aos radicalismos político-religiosos.