UNIVERSIDADE E ENGENHARIA

Autores

  • Paulo Sá

Palavras-chave:

Engenharia, Sociedade

Resumo

O curso de engenharia, com todas as exigências de tecnicidade que comporta, deve ter a coragem de repensar a sua formulação e impor-se as mudanças necessárias dentro de três coordenadas fundamentais. Deve, em primeiro lugar, humanizar-se, não só no sentido de desenvolver no engenheiro o homem integral, com suas potencialidades técnicas e também com sua sensibilidade e poder imaginativo, mas ainda, no sentido de compenetrá-lo dos objetivos humanos e sociais de sua atividade. Deve, a seguir, tornar-se mais elástico, propiciando a melhor utilização dos recursos humanos de cada aluno. Deve, enfim, aderir à realidade brasileira nacional e regional, sem a pretensão de copiar os figurinos de outros países em condições culturais e econômicas diversas das nossas. As faculdades de engenharia, corno as universidades em geral, são reflexo das sociedades onde estão inseridas, mas o abalo inicial de muitas mudanças sociais pode partir dos centros de estudo. Não se deve esquecer a advertência de Lenine: "Quando a- universidade bole, tudo bole".

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Publicado

1968-01-01

Como Citar

Sá, P. (1968). UNIVERSIDADE E ENGENHARIA. Síntese: Revista De Filosofia, 10(37-38), 32–46. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/Sintese/article/view/3403