A plenitude da vida: o amor ao próximo. Conceitos em Agostinho e Kierkegaard
Resumo
Esta pesquisa científica abordará o tema do amor ao próximo, buscando fomentar um diálogo entre a tradição filosófica de Agostinho e a filosofia existencialista contemporânea de Kierkegaard. O artigo destacará a contribuição de Agostinho na construção da filosofia ética cristã. Na obra Cidade de Deus, apresenta as dificuldades sociais da época, defende o cristianismo da acusação de motivo do declínio social e eleva o conceito de amor ao próximo para algo necessário na vivência em sociedade. É justamente nessa vivência que ocorre a possibilidade de superação de todas as dificuldades sociais aparentes. Kierkegaard leu e deu continuidade ao pensamento agostiniano, acrescentando sua percepção acerca da complexidade social e elevando a proposta da vivência do amor ao próximo como um dever. Nos escritos intitulados Obras do Amor, constrói um caminho reflexivo com o conceito “tu deves amar”. Assim, Kierkegaard inaugura um imperativo categórico social e religioso. Com isso, o amor ao próximo se torna uma necessidade primordial para se viver em sociedade. Este diálogo filosófico defende o amor ao próximo como plenitude da vida, uma possibilidade de rompimento com o mal social, construindo uma sociedade cada vez mais digna e justa.
Palavras-chave: Amor ao próximo; Vivência; Dever; Sociedade.