O CORPO, UM ESTRANGEIRO: A RUÍNA DA TERRA E DOS HOMENS NA NARRATIVA DE RONALDO CORREIA DE BRITO

Autores

  • Viviane Cristina Oliveira

Palavras-chave:

Corpo, sertão, ruína, estrangeiro.

Resumo

O presente trabalho visa apresentar algumas reflexões sobre o romance "Galileia", de Ronaldo Correia de Brito, de forma a destacar a recriação do sertão, na literatura contemporânea, a partir do drama dos corpos inseridos nesse espaço atravessado por um viver arcaico e, ao mesmo tempo, moderno. No romance, cujo título possui uma ressonância bíblica estendida aos nomes e destinos dos personagens, a própria fazenda Galileia torna-se um corpo em ruínas, espelhado no corpo em apodrecimento de seu dono, que, como a tradição, não consegue morrer. Corpos que não morrem, na ruína da doença, da loucura, dos amores não consentidos, como o dos primos do romance, representam a tragicidade de um sertão que expulsa e atrai aqueles que são como estrangeiros em sua terra, ou, para usar expressão de Julia Kristeva, estrangeiros para eles mesmos. Para tal discussão serão considerados textos teóricos pertinentes a esse tema, como os ensaios "Um mundo desterrado", de Analice de Oliveira Martins, e "Novas Geografias Narrativas", de Maria Zilda Ferreira Cury.

Biografia do Autor

Viviane Cristina Oliveira

Doutoranda em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela UFMG.
Professora assistente do curso de Letras da Universidade Federal do Tocantins.

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Publicado

2017-10-09

Como Citar

Oliveira, V. C. (2017). O CORPO, UM ESTRANGEIRO: A RUÍNA DA TERRA E DOS HOMENS NA NARRATIVA DE RONALDO CORREIA DE BRITO. Annales Faje, 2(1), 219–227. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/3802