O Real + o Lugar x Virtualização ≠ Experiência eclesial

Autores

  • Fábio da Costa Sotero

Resumo

Na celebração eucarística, realidades materiais e corporais da Criação se unem a realidades não materiais. Por meio do rito, a consciência de relação e união com o Divino é exercida por processo de oração que envolve todos e tudo presente. A missa, por princípio e finalidade, reúne o povo de Deus em e para um lugar. O espaço litúrgico participa sendo local do caminho que é e direciona para comunhão com Deus. A experiência da pandemia do coronavírus Sars-Cov-2 exigiu distanciamento corporal, provocou uso de tecnologias de comunicação que permitiram trabalho remoto e acompanhamento de eventos remotamente. As missas continuaram a ser celebradas, mas com uma assembleia não fisicamente presente. Nesta situação, o que se caracteriza por espaço litúrgico? Este trabalho, por meio de uma análise moderada do tema a partir de referências bibliográficas diversificadas, faz considerações sobre a força do espaço litúrgico frente à demanda da virtualização sacramental. O usualmente disperso e pouco definido espaço celebrativo transmitido em redes sociais e vivenciado domesticamente continua a auxiliar o caminho de oração comunitário? Observa-se que a multiplicação da experiência de acompanhamento remoto da liturgia, com seus diversos lugares de celebração, alcança algo diferente do que se definiria por experiência eclesial.

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Publicado

2021-12-17

Como Citar

Sotero, F. da C. . (2021). O Real + o Lugar x Virtualização ≠ Experiência eclesial. Annales Faje, 6(3), 207–217. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/4940