O equilíbrio dos medos

Autores

  • Cesar Candiotto

DOI:

https://doi.org/10.20911/21769389v45n143p475/2018

Resumo

Inspirado em alguns elementos do pensamento de Michel Foucault, o artigo demonstra que a ênfase nos dispositivos de segurança por parte da gover­namentalidade política contemporânea coloca em jogo uma complexa economia do poder com desdobramentos sociais e políticos, especialmente o da produção do medo. Sublinha-se, primeiramente, a constituição do meio da delinquência pela relação entre disciplinas e dispositivos de segurança e como nesse meio é produzida a figura do “indivíduo perigoso”. Problematiza-se, em seguida, a relação entre estes dispositivos e os mecanismos jurídico-legais e como a partir dela é fabricado o “indivíduo em perigo”. Conclui-se que a predominância dos dispositivos de segurança nas sociedades contemporâneas reconfigura as tecno­logias de poder jurídico-legais e disciplinares, assim como estimula a cultura do medo e insegurança social. Diante disso, indica-se como possibilidade de resistência o “equilíbrio” entre o medo securitário que conduz à inação e o temor que conduz à ação e à resistência.

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Publicado

2018-12-21

Como Citar

Candiotto, C. (2018). O equilíbrio dos medos. Síntese: Revista De Filosofia, 45(143), 475. https://doi.org/10.20911/21769389v45n143p475/2018

Edição

Seção

Artigos