SISTEMA E LIBERDADE A FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DA ÉTICA EM HEGEL

Autores

  • Marcelo F. de Aquino

Resumo

As estruturas inteligíveis da ação humana têm por pressuposto, que permite pensá-las e ordená-las, de Platão a Hegel, a unidade de um pensamento que engloba o todo da realidade. Os recentes estudos platônicos e hegelianos mostram, cada vez mais, a presença da liberdade e do princípio da razão prática, ou ética, no cerne da estrutura fundamental da segunda navegação platônica e da estrutura lógica do sistema hegeliano. A escritura da unidade de metafísica e ética, ou, segundo a nomenclatura hegeliana, de lógica e filosofia do espírito objetivo, é um dos muitos pontos que aproximam Platão e Hegel. A metafísica da liberdade é o laço mais visível que os une, no começo e no proclamado fim da aventura da filosofia ocidental. As exigências sistemáticas da razão na protologia platônica e na doutrina hegeliana do espírito, conduzem ao Absoluto como princípio da ordem das razões. O paradoxo da “morte da filosofia”, o “tornar-se mundo” da filosofia, perpassa em larga escala a filosofia pós-hegeliana, na medida em que esta se proclama pós-platônica. Em outras palavras, depois de Hegel, a filosofia reconhece que sua tarefa teórica não tem mais lugar num mundo que incorporou na sua práxis todos aqueles desígnios e fins da razão que solicitaram por tantos séculos a meditação do filósofo. A filosofia morre na teoria para renascer na práxis.

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Publicado

2004-01-03

Como Citar

Aquino, M. F. de. (2004). SISTEMA E LIBERDADE A FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DA ÉTICA EM HEGEL. Síntese: Revista De Filosofia, 31(101). Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/Sintese/article/view/344

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