RAZÃO E INTERPRETAÇÃO: DONALD DAVIDSON E A CONCEPÇÃO PÓS-ÉTICA DA AÇÃO E RACIONALIDADE

Autores

  • Waldomiro José da Silva Filho

DOI:

https://doi.org/10.20911/21769389v32n103p219-237/2005

Palavras-chave:

Ação, causas, interpretação, monismo anômalo, racionalidade.

Resumo

A publicação, em 1963, de “Action, Reason, and Causes” foi uma das mais radicais e profícuas contribuições ao debate contemporâneo sobre razão, racionalidade e explicação da ação humana. O seu argumento era que a explicação da ação mediante razões ou pressupondo racionalidade constitui uma explicação causal, sendo as razões causas da ação. Ao defender esta tese que se opunha tanto ao racionalismo clássico e ao empirismo quanto às correntes hegemônicas da Filosofia Analítica na década de 60, Davidson abriu novos caminhos para a investigação sobre a racionalidade de crenças e ações. Ele deslocou o foco de perguntas como “O que faz com que uma ação ou crença seja racional ou irracional?” para a pergunta “O que há na ação, no pensamento e na linguagem que os torna interpretáveis?”.

ABSTRACT: The 1963 publication of “Action, Reason, and Causes” was one of the most radical contributions to the contemporary debate about reason, rationality, and explanation for human actions. The argument put forward by the author was that since the reasons are the causes of the action, explaining actions through reasons or presupposing rationality constitutes a causal explanation. In defending the thesis that objects to classic rationalism, empirism and, at the same time, to the 1960's hegemonic current of Analytical Philosophy, Davidson opened new ways for the enquiry about the rationality of beliefs and actions. He did change the focus of questions like “what makes an action or beliefs be rational or irrational?” to “ what is it that makes action, thought, and language intelligible?”

Downloads

Publicado

2005-01-02

Como Citar

da Silva Filho, W. J. (2005). RAZÃO E INTERPRETAÇÃO: DONALD DAVIDSON E A CONCEPÇÃO PÓS-ÉTICA DA AÇÃO E RACIONALIDADE. Síntese: Revista De Filosofia, 32(103), 219–237. https://doi.org/10.20911/21769389v32n103p219-237/2005

Edição

Seção

Artigos