IS SOCRATES A REAL ENEMY OF AKRASIA?

Autores

  • Barbara Botter

DOI:

https://doi.org/10.20911/21769389v37n119p329-350/2010

Palavras-chave:

Akrasia, conhecimento, crença, virtude, prazer.

Resumo

Recentemente, o tema da akrasia tornou-se um assunto favorito de discussão entre os estudiosos e contribuiu para introduzir a filosofia antiga no debate filosófico contemporâneo. O tema da akrasia foi uma preocupação dos filósofos ao longo da história da filosofia desde os tempos de Sócrates. A reflexão socrática sobre a ação humana é enigmática em seus detalhes, e Aristóteles, e provavelmente o Platão maduro, entraram em desacordo com Sócrates sobre alguns pontos importantes. Apesar disso, o objetivo do presente artigo é mostrar que Platão no Protágoras não representa Sócrates como o filósofo que recusa explicitamente a possibilidade da akrasia. Acho melhor supor que o que está em jogo nas palavras de Sócrates é apenas negar que quem comete uma injustiça a comete em plena consciência de estar agindo mal. Esta afirmação não parece pressupor a negação da akrasia, se com esta palavra indicamos o fenômeno bem conhecido de cometer uma ação moralmente não correta, embora o sujeito conheça a conduta moralmente excelente. Para justificar esta hipótese proponho examinarmos a possibilidade da presença no Protágoras de um segundo elemento cognitivo que age na presença imediata do objeto de desejo. É este o elemento responsável da conduta do agente nos casos de akrasia, embora o conhecimento moral permaneça presente no sujeito, mas não ativo no momento da ação.

Abstract: Recently the topic of akrasia has become a favourite subject of discussion among the scholars and has contributed to reintroduce ancient philosophy into contemporary philosophical debate. Akrasia has been a persistent concern of philosophers throughout the history of philosophy since the time of Socrates. The Socratic insight into the way human action should be grasped is always puzzling in its details, and Aristotle, and probably the mature Plato, disagreed with it at some important points. In spite of this fact, our claim in this article is to show that Plato in the Protagoras does not represent Socrates as explicitly denying the possibility of something called akrasia. It is probably best to suppose that what is at stake in Socrates' words is only denying that anyone can act as a result of his feelings, knowing that what he is doing is base. This argument does not seem presuppose the denying of akrasia, once we have become clear that with this word we intend a manifest phenomenon of our lived lives, like acting against what we know to be the best. To support our claim we will try to show the presence in Plato's Protagoras of another cognitive element, which is involved when the particular object of desire appears. This is the element that in the cases of akrasia will determine what happens, although the moral knowledge is present and persisting. 

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Publicado

2010-01-03

Como Citar

Botter, B. (2010). IS SOCRATES A REAL ENEMY OF AKRASIA?. Síntese: Revista De Filosofia, 37(119), 329–350. https://doi.org/10.20911/21769389v37n119p329-350/2010

Edição

Seção

Artigos