A DISSOLUÇÃO DO POLÍTICO: MORTE E VIDA DO ESPAÇO PÚBLICO

Autores

  • Hygina Bruzzi de Melo

Resumo

O artigo considera que o espaço público, lugar privilegiado das trocas sociais e da alternância direta e livre da palavra, experimenta um golpe fatal com o advento da cultura de massas. Deixando de assumir contemporaneamente o papel de manifestação coletiva por excelência que lhe conferia a tradição, a arquitetura é um testemunho evidente desse desfecho. A hipótese de que o individualismo e o utilitarismo modernos são também os pólos desencadeadores da desenergização do espaço público e do esquecimento da vida política é analisada em R. Sennet, J. Baudrillard e H. Arendt. Apesar da disparidade global entre esses três autores, a convergência que apresentam quanto ao tema específico v em apenas reforçar mais uma vez a urgência e a relevância de repensá-lo.

Abstract: The article considers the demise of public space as the special dominion of social exchange and free discourse in view of the emergence of mass culture. In recent years architecture has lost its traditional role as collective manifestation and, in this sense, perhaps serves as the most vivid example of this demise. Authors such as R. Sennet, J. Baudrillard and H. Arendt have hypothesized that modern individualism and utilitarianism have greatly contributed to the growing loss of vitality of public space, as well as to political alienation. Despile the marked ideological differences among the three authors, their agreement as regards this specific theme makes very clear the importance of its reassessment.

Downloads

Publicado

1990-01-02

Como Citar

Melo, H. B. de. (1990). A DISSOLUÇÃO DO POLÍTICO: MORTE E VIDA DO ESPAÇO PÚBLICO. Síntese: Revista De Filosofia, 17(49). Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/Sintese/article/view/1740

Edição

Seção

Artigos