TIRANIA E RACIONALIDADE NA ANTÍGONA DE SÓFOCLE
Resumo
Platão, no final do oitavo livro d'A República acusa os autores trágicos de serem os arautos da tirania na Grécia. Referindo-se ironicamente a Eurípedes, chama-o de sábio excepcional, acusa-o de ser uma companhia agradável para os tiranos, que, de maneira geral, recusam o convívio dos homens de bem. Para Platão, Eurípedes passa por ser um sábio profundo, exatamente porque teria dito que "sábios são os tiranos pela companhia de homens sábios". O filósofo ateniense continua sua crítica num tom cada vez mais irônico: "Os sábios são evidentemente, em seu pensamento, os que o tirano escolhe por companhia. ”” Ele faz até mesmo sua homenagem à tirania: 'A tirania que nos iguala à divindade'; sem falar de um grande número de outras passagens, tanto dele como de outros poetas"