BENJAMIN E NIETZSCHE

Autores

  • Kátia Muricy PUC-RJ

Resumo

Distâncias, perspectivas inusitadas, solidão, vertigem. A filosofia para Nietzsche, para Waiter Benjamin é uma atividade em grandes altitudes. Abandonando a familiaridade de uma visão de planície, coletiva, que só aspira clareza e nitidez nas dimensões habituais, o filósofo explora, do alto, a novidade dos ângulos abertos a sua vista, à liberdade de sua solidão. Não quero aqui, porém, estabelecer semelhanças entre os dois autores, identificar-lhes parentesco de temas ou conceitos: "Quem pretende servir de mediador entre dois pensadores resolutos condena-se à mediocridade: não tem olhos para distinguir o que é único; ver semelhanças em tudo é sinal de vista fraca"'. Quero apenas sugerir (em breves alusões a alguns textos de Nietzsche a partir de um comentário muito literal da seção epistemológica do Livro das Passagens, de Benjamin) as ricas possibilidades interpretavas que se abrem no encontro desses autores, em benefício da singularidade de cada um.

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Publicado

1993-01-04

Como Citar

Muricy, K. (1993). BENJAMIN E NIETZSCHE. Síntese: Revista De Filosofia, 20(63). Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/Sintese/article/view/1304

Edição

Seção

Artigos