A DESCONSTRUÇÃO DA ENCARNAÇÃO E DA RESSURREIÇÃO EM JEAN-LUC NANCY

Autores

  • Etienne Alfred Higuet Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.20911/21769389v47n149p635/2020

Resumo

Pretendo, no presente artigo, aprofundar a visão da desconstrução do cristianismo em Jean-Luc Nancy, me concentrando na compreensão da encarnação e da ressurreição. Na primeira parte, procuro apresentar a fenomenologia do corpo e do tato, que sustenta a interpretação dos dogmas centrais do cristianismo: Os corpos são o limite, o espaço aberto, ou o lugar e o ser da existência. Na encarnação, o corpo é o evento do espírito, isto é, o espírito não se mantém fora do mundo, mas abre-se no meio dele. A desconstrução começa no apagamento de Deus no homem que é o sentido do mundo. Mas ela precisa se aprofundar como superação do corpo como signo do sentido enquanto interioridade, além de toda significação e representação. Por sua vez, a ressurreição desconstruída não visa a atravessar a morte, mas, ao mergulhar nela sem volta, a ressuscitar a própria morte. Nas considerações finais, procuro recapitular o que foi desconstruído, terminando com algumas reflexões sobre o futuro do cristianismo.

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Publicado

2020-12-20

Como Citar

Higuet, E. A. (2020). A DESCONSTRUÇÃO DA ENCARNAÇÃO E DA RESSURREIÇÃO EM JEAN-LUC NANCY. Síntese: Revista De Filosofia, 47(149), 635. https://doi.org/10.20911/21769389v47n149p635/2020

Edição

Seção

Artigos