O romantismo religioso institucionalizado A passagem do homo sapiens ao homo aesthetic: reflexão a partir da esfera ritual e interpretação sociocultural

Resumo

Desenvolveremos essa reflexão procurando corresponder ao método da antropologia sociocultural, que se coloca diante da ritualidade para ler a produção de sua própria interpretação. Esse método se move na direção da dimensão semiótica e simbólica do evento religioso e entende que o rito é uma mediação para compreender o homem e a sua cultura. As experiências que emergem desse dado fundamental – o rito – nos permite ousar a analisar essa temática, o romantismo religioso institucionalizado, que é distinto do espírito do homem bíblico caraterizado pelo jejum e a mortificação, pela ascese e o deserto, a solidão e o martírio. Todavia essa tese, primeiramente deve passar pelo crivo do debate entre as escolas funcionalistas e de seus clássicos autores já superados, enfim, e as escolas contemporâneas da antropologia da performance que se orienta à abertura do lúdico e do simbólico da linguagem ritual em qualquer campo humano. Não abordaremos o método comparativo da história das religiões e também não seguiremos o método teológico da afirmação do logos. O texto, também não se abre na direção de uma linha de reflexão meta-ecumênica e nem se instala no campo das reformulações dos clássicos modelos do pensamento sobre o homem e a sua experiência religiosa, contudo, o texto quer suscitar o interesse pela contribuição da antropologia sociocultural voltada para o símbolo que se exprime na esfera ritual. O rito e suas expressões podem nos ajudar a conhecer as realidades humanas por dentro e nos levar a abranger uma noção cultural precisa e clara, mesmo com as sombras do seu próprio contexto histórico: dramático, psicótico, lírico e místico.

Palavras chaves: Antropologia; Métodos; Ritos; Religião; Performance.