A antropologia do coração inquieto: uma leitura do termo coração nas Confissões de Santo Agostinho à luz da filosofia de Paul Ricoeur

Autores

  • Geraldo De Mori
  • Raúl Santiago Suárez Delgado

Resumo

Ricoeur vê no termo Coração a chave para descrever o mistério do ser humano, o qual é concebido como misto, a saber, dotado de uma razão que lhe permite conhecer, e de um corpo inseparável dessa mesma razão, que o individualiza e constitui a condição de possibilidade do mundo afetivo. A “inquietude do coração”, tema agostiniano estudado por Ricoeur, é identificada por ele como conflito, devido à presença de sentimentos espirituais concomitantes ao incondicionado, os quais a razão não pode abarcar. A experiência religiosa é o encontro com o incondicionado por excelência. Reconhecendo que Ricoeur foi inspirado por Agostinho, este artigo estabelece uma ponte entre sua antropologia filosófica e a antropologia teológica desenvolvida pelo bispo de Hipona nas Confissões, evidenciando assim a relevância atual do pensamento de Agostinho na elaboração de uma antropologia teológica para os dias de hoje.

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Publicado

2020-12-24

Como Citar

De Mori, G., & Delgado, R. S. S. (2020). A antropologia do coração inquieto: uma leitura do termo coração nas Confissões de Santo Agostinho à luz da filosofia de Paul Ricoeur. Pensar-Revista Eletrônica Da FAJE, 11(2), 5–21. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/pensar/article/view/4638