A Filosofia de Levinas como alternativa aos paradigmas éticos teleológico e deontológico

Autores

  • Gregory Rial

Palavras-chave:

Ética. Alteridade. Teleologia. Deontologia. Carne.

Resumo

Os dois grandes paradigmas éticos que se consagraram ao longo do tempo, a saber, o teleológico e o deontológico, podem ser considerados insuficientes para o atual período da humanidade. Isso porque na pós-modernidade, tanto o fundamento metafísico/ontológico que se coloca como telos quanto o sujeito que postula a máxima e procura agir segundo o dever entraram em crise. Neste contexto, surge a filosofia da alteridade conforme a pensa Emmanuel Levinas como alternativa para se pensar a ética que se fundamenta não em um telos ontológico ou na ideia de Bem, muito menos na racionalidade absoluta do sujeito obcecado em cumprir seu dever, mas na carne do outro que está frente a mim, compreendida como rosto, face a face, relação anterior a qualquer tematização. Desse modo, procurar-se-á com este artigo, fazer uma crítica às morais teleológica e deontológica a partir das categorias levinasianas de rosto, sensibilidade, proximidade e substituição. Num primeiro momento apresentar-se-á brevemente os paradigmas éticos de Aristóteles e Kant como representantes da teleologia e da deontologia, respectivamente. Em seguida, far-se-á uma concisa síntese da filosofia de Levinas que permitirá finalmente, num terceiro momento, discutir como os modelos aristotélico e kantiano de ética são insuficientes para o período atual e como a proposta da filosofia da alteridade se apresenta plausível. Para tanto, tomar-se-á obras de Levinas Totalidade e infinito, De outro modo que ser ou para lá da essência e Ética e infinito além do comentários a Levinas e textos de Aristóteles e Kant.

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Como Citar

Rial, G. (2015). A Filosofia de Levinas como alternativa aos paradigmas éticos teleológico e deontológico. Pensar-Revista Eletrônica Da FAJE, 6(2), 281–296. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/pensar/article/view/3430