A sabedoria da carne: corporeidade e ética em Michel Henry

Autores

  • João Elton de Jesus

Palavras-chave:

Fenomenologia, Sexualidade, Gênero, Corporeidade, Ética.

Resumo

Michel Henry (1922-2002) opõe-se às ciências galileanas que tratam o corpo e a sexualidade de maneira cientificizada, matematizada e refém das representações redutivas do ser humano em detrimento dos sentidos. Buscaremos, por meio de uma revisão bibliográfica do autor, mostrar que a sexualidade não entra nos discursos jurídicos, pois está relacionada com o corpo e esse com a vida. É um páthos, um sentir, não pode ser geometrizada. Apoiados na tese de Henry que mostra como a carnalidade reaparece graças à uma fenomenologia onde o corpo se fenomenaliza como sensibilidade: sentir e movimento, a pesquisa propõe pensar nas questões de gênero que não caiam na ingenuidade de opor natureza e cultura quando a sexualidade é da ordem do corpo de carne e a carne não nega jamais sua materialidade incontornável tomada do ponto de vista fenomenológico. Por fim, abordar-se-á a questão ética, que assume novo estatuto no horizonte do corpo subjetivo de tal sorte que a ética do corpo e a ética da sexualidade sejam pensadas a partir da imanência absoluta da vida em que corpo e alma constituem uma unidade inseparável na fenomenalidade do corpo próprio e portanto, da sexualidade.

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Como Citar

Jesus, J. E. de. (2015). A sabedoria da carne: corporeidade e ética em Michel Henry. Pensar-Revista Eletrônica Da FAJE, 6(2), 229–247. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/pensar/article/view/3427