Os sentidos da compaixão no budismo e no pensamento nietzschiano

Autores

  • Rilza de Moura Barbosa

Resumo

RESUMO: Este trabalho tem, como objetivo, explanar os diferentes sentidos da compaixão de acordo com o budismo e com o pensamento nietzschiano. A partir daí, pretende-se desvendar a essencialidade do cultivo da compaixão para se atingir a Grande Saúde, ou seja, o estado de Wahre Welt, como Nietzsche chama o estado de bem-estar da saúde. Por outro giro, no budismo, a saúde, advinda do exercício da compaixão, se encontra em um estado chamado de nirvana, o qual Nietzsche considera o esvaziamento da vontade de vida. Muito embora o conceito de amor fati e o conceito de nirvana tenham pontos em comum em seu percurso, mostraremos que ambos se contrapõem em seu destino. Para tanto, a metodologia desta pesquisa se pautará no estudo de algumas passagens dos Fragmentos póstumos de Nietzsche e nos escritos budistas de Yun. O segundo aponta para uma percepção da compaixão como forma de aquisição da saúde, em conexão com a compaixão da boa vontade e o desapego. Já à luz do pensamento nietzschiano, vemos uma compaixão similar à budista (dos fortes) e, também, aquela que repudia (dos fracos), difundida pelo cristianismo.

PALAVRAS-CHAVE: Compaixão. Nietzsche. Budismo. Saúde.

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Publicado

2024-04-09

Como Citar

Barbosa, R. de M. (2024). Os sentidos da compaixão no budismo e no pensamento nietzschiano. Annales Faje, 9(1), 288. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/5609