As concepções de vontade sob o horizonte da vida: Convergências e divergências entre Schopenhauer e Nietzsche
Resumo
RESUMO: Este escrito discute duas concepções filosóficas, a saber, Vontade e vontade de potência, tomando como base teórica algumas das obras de Schopenhauer, tais como: O Mundo como Vontade e Representação (1819), e as obras de Nietzsche, sendo uma delas Crepúsculo dos Ídolos (1888). Nesse debate, também são apresentadas interpretações feitas por comentadores de ambos os filósofos. Nas análises, desenvolvemos uma reflexão sobre a influência do princípio schopenhaueriano, a vontade, para o surgimento da concepção nietzschiana de Vontade de potência, de maneira que buscamos evidenciar nos argumentos dos respectivos filósofos a presença das noções de unidade e multiplicidade, como pressupostos para a constituição dos conceitos de vontade. Nesse sentido, refletimos os conceitos propostos para além da apreensão conceitual, na medida em que os remetemos à reflexão sob o horizonte da vida, destacando suas condições intrínsecas, a saber, o instinto, as paixões, os afetos, os desejos, os infortúnios e a alegria trágica.
PALAVRAS-CHAVE: Schopenhauer. Nietzsche. Vontade. Pessimismo. Representação.