Nietzsche e Klossowski: do eterno retorno ao ciclo vicioso

Autores

  • João Pedro Azevedo Lima

Resumo

RESUMO: Nos aforismos de Friedrich Nietzsche (1844-1900), podemos encontrar afirmações um tanto antagônicas — antagonismos estes próprios de sua filosofia — em relação à França: ora entendida enquanto nação décadente, ora enquanto “a sede da cultura mais intelectual e mais refinada da Europa e a alta escola do bom gosto”. Isto posto, a recepção francesa de Nietzsche data desde final do século XIX: de Sartre a Foucault, de Bataille a Deleuze, numerosos intelectuais franceses foram leitores do autor de Zaratustra. Dentre estes, propor-nos-emos a analisar especificamente a interpretação de Pierre Klossowski (1905-2001) acerca do eterno retorno do mesmo, presente sobretudo em sua obra Nietzsche et le cercle vicieux (1969), com ênfase em seus apontamentos sobre a reformulação radical de Nietzsche da perspectiva filosófica tradicional sobre a relação pensamento-corpo. Por base metodológica, tomaremos aquela proposta por Mazzino Montinari (1928-1986), de ordem filológico-histórica, que considera não somente o sentido interno do texto, mas também o seu contexto histórico, a saber, o “reavivamento” de Nietzsche na França nos anos 1960 e 1970. Conclui-se, portanto, que a importância de Klossowski evidencia-se no fato de que as ideias presentes nessa obra foram posteriormente desenvolvidas por pensadores franceses associados ao “pós-estruturalismo” e ao “pós-modernismo”.

PALAVRAS-CHAVE: Friedrich Nietzsche. Pierre Klossowski. Eterno retorno. Ciclo vicioso. França.

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Publicado

2024-04-09

Como Citar

Lima, J. P. A. (2024). Nietzsche e Klossowski: do eterno retorno ao ciclo vicioso. Annales Faje, 9(1), 159. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/5596