Pas de deux dionisíaco – o encontro entre Nietzsche e Duncan

Autores

  • Filipi Silva de Oliveira

Resumo

RESUMO: O intuito de Nietzsche ao defender as virtudes dançarinas como aquelas que se alçam para além do bem e do mal, encontra par em outro espírito livre, a saber: Isadora Duncan. Ao pesquisarmos a vida da célebre bailarina e coreógrafa, ficamos cientes da profunda admiração que nutria pelo pensamento do autor alemão. Em seus experimentos cênicos, que definiram os novos rumos da dança, Isadora tomou partido da tese apregoada por Zaratustra, que se opunha ao espírito de gravidade dominante na cultura. No entender da dançarina, o corpo deveria resistir às regras alienantes do balé clássico, em contrapartida apoiando-se na doutrina da vontade de poder, na qual a pulsão dionisíaca desempenha papel preponderante. Isadora pretendia com a dança o mesmo que Nietzsche na filosofia: dar vazão aos estados embriagados que intensificam o corpo e o sentido da terra, rompendo com os paradigmas transmundanos que fundamentam a cultura apolínea. Sendo assim, este trabalho tem por objetivo analisar as considerações estéticas escritas por Duncan em Fragmentos autobiográficos e A arte da dança, relacionando-as com os argumentos de Nietzsche em defesa da dança como afirmação da vida.

PALAVRAS-CHAVE: Dança. Vontade de poder. Corpo

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Publicado

2024-04-09

Como Citar

Oliveira, F. S. de. (2024). Pas de deux dionisíaco – o encontro entre Nietzsche e Duncan. Annales Faje, 9(1), 102. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/5590