O ministério ordenado e a sinodalidade
Resumo
Resumo: Segundo Jorge Costadoat, um grande empecilho para a Sinodalidade seria a “sacerdotalização”; como alternativa, aponta a “des-sacerdotalização” da Igreja. Acolhendo a provocação do jesuíta chileno e tendo como ponto de partida o sacerdócio de Jesus Cristo, fundamento do sacerdócio cristão, este breve trabalho pretende retomar as bases da função sacerdotal na Igreja e o que o Concílio Vaticano II ensina para seu exercício na atualidade. Em primeiro lugar, resgatar-se-á a íntima relação entre sacerdócio e misericórdia, conforme exposto pelo autor da Carta aos Hebreus, na qual Jesus Cristo é reconhecido como Sumo Sacerdote por sua misericórdia, isto é, sua solidariedade para com suas irmãs e seus irmãos (Hb 2,17). Em segundo lugar, retomar-se-á a intuição fundamental dos textos conciliares que não restringem os ministérios, em geral, e o ministério ordenado, em particular, a serviços relacionados ao culto, mas os ampliam a todas as circunstâncias da vida; fiéis leigas e leigos e fiéis ordenados também exercem as funções profética e pastoral. Finalmente, perguntar-se-á pela pertinência de elementos que, embora adquiridos ao longo da história, não são próprios do sacerdócio e do ministério ordenado e têm se tornado um peso para as comunidades impedindo o florescimento da tão ansiada e necessária Sinodalidade.
Palavras-Chave: sacerdócio; misericórdia; ministérios; ministério ordenado.