A crise da iniciação cristã: um obstáculo à renovação da pastoral

Autores

  • Sérgio Gonçalves Mendes

Resumo

O apelo do Concílio Vaticano II para um resgate da iniciação cristã (SC, n. 64,71) não teve o alcance pretendido, apesar de algumas iniciativas exitosas, como o Rito da Iniciação Cristã de Adultos. Ora, essa crise da iniciação mistagógica à fé cristã fragiliza o compromisso dos fiéis com a missão evangelizadora da Igreja e, por conseguinte, com a ação pastoral. De fato, é na iniciação ao Batismo, Crisma e Eucaristia que se lançam as bases da práxis cristã, segundo o axioma lex orandi, lex credendi, lex agendi, ou segundo a intrínseca relação entre kerygma-martyria, leiturgia e diakonia. A crise gerada pela pandemia da COVID-19 apenas lançou luz sobre essa fragilidade na transmissão da fé, dando margem a extremos como o de grupos fundamentalistas católicos “famintos de Eucaristia” ou do isolamento eclesial (in-) voluntário de muitos fiéis. Nosso objetivo é mostrar que o resgate da iniciação cristã faz-se ainda mais necessário e tem sido o grande diferencial do pontificado do Papa Francisco, que a todo tempo e lugar remete mistagogicamente seus ouvintes à centralidade do mistério da fé cristã. Empregaremos a metodologia da análise de documentos do Concílio Vaticano II, de alguns expoentes da Patrística e dos escritos do Papa Francisco.

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Publicado

2021-10-28

Como Citar

Mendes, S. G. . (2021). A crise da iniciação cristã: um obstáculo à renovação da pastoral. Annales Faje, 6(1), 371–380. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/4853