A base hermenêutica do humanismo de Jorge Mario Bergoglio

Autores

  • Vilmar Dal Bó

Resumo

O papa Francisco tem insistido, em seu pontificado, coerente com seu testemunho de vida, na prática de um modelo eclesiológico que lança a Igreja para fora de si mesma e supera a lógica de uma Igreja autorreferenciada. A circularidade trinitária e o modelo do poliedro convergente são os paradigmas por excelência de Jorge Mario Bergoglio. Em Bergoglio, a Igreja sai ao encontro da vida planetária, coloca-se em diálogo com as ciências e as diversidades culturais e adota uma postura de misericordiosa e de cuidado. No humanismo de Bergoglio, está o encontro com o rosto do outro, relevando-se o imperativo de uma ética social que tem carne e rosto. Trata-se, nesse sentido, de uma proposta de desenvolver uma comunhão nas diferenças capaz de ultrapassar a superfície conflitual e conceber o outro na sua dignidade mais profunda. Na base hermenêutica de Bergoglio, está a filosofia da polaridade (própria da experiência inaciana), a teologia del pueblo (predominante na Argentina, na década de 70) e a teoria da oposição polar (objeto de estudo da tese de doutorado de Bergoglio não concluída). Com ela, emerge um desejo inexaurível de oferecer misericórdia e de uma diversidade reconciliada.

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Publicado

2021-10-28

Como Citar

Bó, V. D. . (2021). A base hermenêutica do humanismo de Jorge Mario Bergoglio. Annales Faje, 6(1), 239–248. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/4839