A poética de Ana Cristina Cesar e seu(s) corpo(s) discursivos(s): pressupostos de enunciação

Autores

  • André Luís de Araújo

Resumo

A poeta carioca Ana Cristina Cesar nutriu-se de muitas contribuições teóricas linguístico-literárias e filosóficas e constitui, hoje, uma assinatura de peso na cultura brasileira. Além de tradutora e teórica, a autora assinala sua passagem como um corpo discursivo que escreve e se inscreve, na cena contemporânea, como uma potência disseminante de enunciação. Nosso objetivo, portanto, é lançar um olhar mais detido e aprofundado sobre o(s) sentido(s) da corporeidade em sua poética e evidenciar sua discursividade. Tal empreitada leva-nos, assim, à reflexão: o que ocorre quando se pensa pelo corpo? E quando se escreve com o corpo? Captam-se formas, conteúdos e materialidades ainda não recolhidos? Cartografam-se novas possibilidades? Põem-se a funcionar novos dispositivos? Afinal, Ana Cristina potencializa o ser da linguagem, dotando-o de corpo e voz, sexo e palavra. Pretendemos, com isso, mapear essa referencialidade formadora, sobretudo por se tratar, inicialmente, de um esforço de compreensão das relações dialógicas e responsivas, na perspectiva de Mikhail Bakhtin, e das relações discursivas, nas malhas do texto, que revelam estratégias de poder, como bem pontua Michel Foucault.

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Publicado

2019-11-26

Como Citar

Araújo, A. L. de. (2019). A poética de Ana Cristina Cesar e seu(s) corpo(s) discursivos(s): pressupostos de enunciação. Annales Faje, 4(3), 49–58. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/4314