Artes de conviver e evangelizar: reflexões sobre a evangelização da juventude hoje
Resumo
Em nossos dias a evangelização da Juventude é um tema urgente na pastoral. O presente trabalho reflete sobre a arte da convivência como perspectiva para a evangelização da juventude em nossos dias, também aponta para as principais reflexões acerca do chamado à promoção de uma Igreja jovem já no presente. Para tanto, levamos em conta as principais contribuições da Teologia pastoral e do Magistério sobre o tema, principalmente as contribuições do Concílio Vaticano II. O Papa Francisco na Exortação Apostólica Cristus Vivit (2019) chama atenção da igreja à evangelizar a juventude pautando-se por novos paradigmas. Também o Documento de Aparecida (2007) já ressalta a importância da temática da evangelização da juventude, que já se fazia presente como preocupação da CNBB no documento 85-Evangelização da juventude: desafios e perspectivas pastorais (2007). Metodologicamente o trabalho parte da reflexão bibliográfica, assim como, da experiência pastoral junto a juventude, para refletir à luz da Teologia Pastoral. A reflexão não ignora alguns aspectos sociais que envolvem o ser jovem em nosso dias, não há como está com a juventude sem considerar seus modos de vida. O contexto de uma sociedade pós-moderna chama atenção, por ser esse um sinal dos tempos, o qual urge ler com profunda sensibilidade. A transdisciplinaridade auxilia na compreensão do mundo onde fazemos pastoral. Entre os planos pastorais ou documentos oficiais e a ação pastoral junto ao jovem existem cotidianamente ações cotidianas. Inspirados nos escritos de Certeau (2014) consideramos essas ações que se dão no âmbito da convivência com os jovens como que artes da convivência. A arte da convivência se mostra hoje um dos principais caminhos para se chegar à juventude. Em tempos de profundas crises existenciais e vida virtual, a presença do outro na caminhada pastoral se faz necessária e é uma forma de seguir a pedagogia de Jesus que caminhou junto com os seus. A arte da convivência transforma os envolvidos em amigos e rompe com uma relação hierárquica vazia. Por fim, esse trabalho a arte do primeiro passo para quem pretende enveredar na inebriante e prazerosa pesquisa em Teologia Pastoral.
