A Igreja dos pobres: um encontro entre Medellín e Francisco

Autores

  • José Mamede

Resumo

Este artigo tem como objetivo fazer uma releitura da Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-americano em Medellín (1968) à luz das inovações eclesiológicas desenvolvidas pelo Papa Francisco. Nessa conferência fez-se uma opção pelos pobres como programa a ser desenvolvido na pastoralidade da Igreja na América Latina. Foi um momento de aggiornamento do Concílio Vaticano II em que a força profética era a alma que guiava a pastoral na igreja que estava disposta a dialogar com o mundo. Porém, os anos turbulentos que sucederam a teologia conciliar colocaram a eclesiologia em estado de retrocesso e silêncio. Na verdade, não se pode esquecer o esforço de muitos pastoralistas e teólogos que continuaram as inovações conciliares. Na atualidade, é possível encontrar no pontificado do Papa Francisco uma continuidade atualizada dessa eclesiologia de Medellín aberta ao diálogo com o mundo, sobretudo nas chamadas “periferias existenciais e geográficas”, propondo uma “igreja em saída”. Por isso, optou-se por discorrer sobre a igreja dos pobres, desenvolvida em Medellín com seu marco doutrinal, relacionando com a eclesiologia do Papa Francisco. Espera-se contribuir com a discussão das comemorações da referida conferência por ocasião do seu cinquentenário, apresentando o atual pontificado como a grande esperança de continuidade da eclesiologia pretendida pelo Concílio Vaticano II e vivida em Medellín.

Downloads

Publicado

2018-12-27

Como Citar

Mamede, J. (2018). A Igreja dos pobres: um encontro entre Medellín e Francisco. Annales Faje, 3(5), 57. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/4115