ARCHÉ AND RESPONSIBILITY IN TOTALITY AND INFINITY

Autores

  • Christopher James Eland

Palavras-chave:

Heidegger, Ontologia, Anarquia, Arché, Giges

Resumo

Resumo: O conceito de anarquia ética é exaustivamente elaborado por Levinas nas suas obras do fim da década 1960 até a publicação do seu livro Autrement qu'être em 1974. Esse conceito de anarquia é bem conhecido nas interpretações recentes das obras levinasianas, sendo corretamente percebido como um dos conceitos chave no cerne do seu projeto depois de Totalité et Infini, de 1961. Contudo, o vocábulo anarquia aparece já em Totalité et Infini e serve como parte fundamental da crítica levinasiana à Heidegger. No artigo aqui desenvolvido, pretendo examinar as referências à anarquia em Totalité et Infini a fim de demonstrar como Levinas percebia tanto o projeto de Heidegger, bem como seu conceito de ser-em-geral, como anárquicos. Esse ataque à Heidegger se apresenta como especialmente agudo porque o conceito de arché estava fortemente presente nos seminários de Heidegger em Friburgo nas décadas 20-30, inclusive na época em que Levinas estudou sob sua orientação. A responsabilidade, nas suas obras da juventude, serve como papel árquico contra essa anarquia heideggeriana da qual se exclui qualquer princípio de individuação. Uma leitura dessas primeiras obras levinasianas revela um conceito radicalmente diferente da anarquia em relação ao que se apresenta nas obras tardias e mostra a influência permanente de Heidegger nas obras de Levinas. Pretendo resolver esse conflito através de uma análise do conceito de anarquia e do duplo sentido de arché que Heidegger enfatizou como origem/princípio (Prinzip) e ordenamento/domínio (Verfügung).

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Publicado

2018-05-29

Como Citar

James Eland, C. (2018). ARCHÉ AND RESPONSIBILITY IN TOTALITY AND INFINITY. Annales Faje, 3(1), 40. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/3972