FENOMENOLOGIA DO ROSTO EM EMMANUEL LEVINAS

Autores

  • Abimael Francisco do Nascimento Mestre em Teologia pela PUCSP Mestrando em Filosofia pela UFC

Resumo

Resumo: No presente estudo busca-se apresentar a influência da fenomenologia de Husserl no pensamento de Levinas e, ao mesmo tempo, expor uma reelaboração conceitual de termos husserlianos em vista da ética da alteridade. Levinas frequentou aulas de Husserl entre os anos de 1928 e 1929, ali ele aprendeu a admirá-lo, a tanto que o método fenomenológico passou definitivamente a marcar a sua filosofia.
No entanto, para Levinas, o rosto, como lugar da alteridade, manifesta-se, mas não depende da intencionalidade do Mesmo para ter sentido, aliás, ele, o rosto, resiste a que alguém lhe imprima sentido e lhe condicione ontologicamente. O rosto resiste a ser coisificado, a se tornar objeto. Nele reside uma resistência que a consciência do Mesmo não pode dominar. Assim, a fenomenologia do rosto não se rege pelo princípio da identificação, da apreensão, como propunha de modo geral a fenomenologia husserliana, que entende, segundo Levinas, o sentido a partir da identificação, mas pelo contrário, na fenomenologia do rosto há uma alteridade que por si mesma possui sentido, o rosto não precisa do Mesmo para tê-lo. O fenômeno do rosto, antes de qualquer compreensão, exige responsabilidade, que o Mesmo seja ético com o Outro. Portanto, o presente estudo conclui que Levinas aplica o método fenomenológico, contudo o faz numa nova perspectiva, não mais naquela do “amor à sabedoria”, mas desde “a sabedoria do amor”

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Publicado

2018-05-29

Como Citar

Francisco do Nascimento, A. (2018). FENOMENOLOGIA DO ROSTO EM EMMANUEL LEVINAS. Annales Faje, 3(1), 09. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/3969