INTERFACES ANTROPOLÓGICA E MÍSTICA: A EXPERIÊNCIA DE DEUS COMO MEDIAÇÃO DO ERÓTICO E DO OBSCENO

Autores

  • Luciano Gomes dos Santos Doutorando em Teologia- FAJE

Palavras-chave:

Mística, Erótico, Obsceno.

Resumo

O objetivo do artigo é analisar as interfaces antropológica e mística na obra A Obscena Senhora D., da autora Hilda Hilst, como lócus da experiência Deus, enquanto mediação do erótico e do obsceno. O obsceno é a lucidez radical, o questionamento radical do ser no mundo. O erótico é quase uma santidade. A verdadeira revolução é a santidade. A obra ressalta a experiência de Deus na personagem Hillé. Deus é seu objeto de desejo. Evoca-se sua teofagia erótica que consiste em engolir o corpo de Deus a cada mês: “engolia o corpo de Deus como quem sabe que engole o Mais, o Todo, o Incomensurável, por não acreditar na finitude me perdia no absoluto infinito”. A metodologia empregada foi a bibliográfica. Conclui-se, que Deus se experimenta no abandono, no desamparo do ser, na derrelição. Somente a mística, a ascese e a contínua contemplação nos eleva a união com Deus, O Uno, O indivisível.

Downloads

Publicado

2017-10-09

Como Citar

dos Santos, L. G. (2017). INTERFACES ANTROPOLÓGICA E MÍSTICA: A EXPERIÊNCIA DE DEUS COMO MEDIAÇÃO DO ERÓTICO E DO OBSCENO. Annales Faje, 2(1), 57–64. Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/3784