QUE CORPO É O MEU? A CONSTRUÇÃO E DESCONSTRUÇÃO DAS REPRESENTAÇÕES CORPORAIS DE ALUNOS DO 5O ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autores

  • Tais de Almeida Costa

Resumo

O discurso da inexistência de racismo no Brasil há muito tempo me causa inquietação. Mesmo sendo negra, quando criança sentia dificuldade em percebê-lo, não era à toa que frequentemente eu era alertada por meus pais de que negros deveriam se “portar bem”, para não dar motivos de serem discriminados. Porém, ao me tornar professora esse sentimento transformou-se em indignação cada vez que presenciava alguns alunos inferiorizando outros por causa da cor da pele e outros traços fenotípicos. As produções humanas que envolvem o movimento com/contra o corpo negro na escola vão direcionar essa pesquisa. Como esses alunos, negros ou não, se representam/identificam? Essa pesquisa consiste em analisar as representações de corpo dos alunos do 5o ano do ensino fundamental da escola São Miguel Arcanjo em Nova Iguaçu (RJ), a partir de seus discursos verbais e corporais registrados em gravações, busca-se identificar como se dão essas relações no cotidiano escolar e suas percepções, utilizando a dinâmica de grupo focal para discutir o racismo, preconceito e discriminação em suas formações. Inserida no campo da Educação, especificamente na linha de estudos das Relações étnico-raciais, esta pesquisa propõe-se a compreender  como a escola “interfere” em seus corpos-vida, servindo de instrumentos para a discussão das implicações desses sujeitos e as minhas com o mundo e as relações raciais.

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

de Almeida Costa, T. (2016). QUE CORPO É O MEU? A CONSTRUÇÃO E DESCONSTRUÇÃO DAS REPRESENTAÇÕES CORPORAIS DE ALUNOS DO 5O ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL. Annales Faje, 1(1). Recuperado de https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/view/3598